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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Prazer em rever-me!

Estava com saudades de mim! Deixei de ser eu por um longo tempo. Voltei a mim. Feliz da vida! Agora posso caminhar. Durante três anos me abandonei, mas reencontrei-me em minhas memórias, nos meus amigos... Quanto de mim se perdeu: meus valores, meus príncipios, minhas ideologias, tudo para tentar caber na forma. Eu não nasci para caber na forma! Saber disso me deixa muito feliz. Vejo que sou um ser complexo. Como posso comportar tantos elementos? O mundo aponta para a convergência, para cultura híbrida, para o transdisciplinar... E todo o meu ser está conectado, mas de outra forma. Eu dialogo com meus passados, que podem ser separados. Levo uma vida épica, que pode ser montada e desmontada, como um quebra-cabeça. A ligação entre uma história e outra, entre um caminho e outro, só eu posso fazer. Eu sou a relação entre as coisas. Se os outros não entendem, é porque eles não são eu. Só eu me compreendo infinitamente. Os outros entendem as partes, e só.

O consumo da vida

O filme "O preço do amanhã" (In time, EUA, 2011) é um tipo de obra cujo mesmo motivo que faz você amar, faz você odiar o filme. Não entendeu? Vou explicar. O filme faz referências a famosos personagens da história do cinema e da literatura, além de possuir uma série de mensagens subliminares. É um apanhado de metáforas, paródias, ironia, pastiche, “remake” e o que mais for possível. Continua sem entender? Então, se já assistiu, reveja com outros olhos. Se não assistiu, veja e apaixone-se pela metalinguagem cinematográfica. Neste longa, a expressão “tempo é dinheiro” é imediatamente substituída pela mensagem explícita (nesse caso a mensagem é bem clara): “tempo é vida”. Mas, a primeira não se desconecta da segunda. A mudança é gradual e exige certa relação entre os termos. Pois, a vida se passa num dado intervalo de tempo. Logo, vivemos através do tempo. Então, se tempo é dinheiro, dinheiro é vida. Logo, tempo é vida. Na verdade, não há uma substituição, há uma metáfor