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Mostrando postagens de 2015

Algumas reflexões acerca do amor

Aproveitando um pouco o choque que alguns têm com a crítica contemporânea feita pela série Black Mirror que julguei ser esse o melhor momento para escrever sobre o sentimento que move o ser humano: o amor. Quero começar com a dualidade amor/falso amor para aos poucos tratar da sua amplitude em outros textos. Vejam bem: não vou abordar o campo virtual, vou escrever aqui sobre o mundo real. Deixarei essa análise mais profunda associada a série britânica para outra postagem.  O meu incômodo tem seu "start" em 03 de outubro de 2013. Nesse dia, após ficar duas horas dentro de um ônibus, percebi que a jovem sentada no banco da frente, que não tirava os olhos do celular, era namorada do rapaz que se encontrava ao seu lado. Ele passou a viagem inteira pensativo e com o olhar distante e ela entretida no facebook. Ela ria dos verdadeiros "testamentos" que lia em sua "timeline". Se não fosse o beijo que deram quando ela desceu do ônibus, eu poderia jurar que

Jesus (trans)crucificado

Foto: Joao Castellano|Reuters No domingo passado (07/06), a atriz Viviany Beleboni fez uma performance  na 19ª Parada do Orgulho LGBT que aconteceu na Avenida Paulista. A transexual foi alvo de vários protestos de indignação por parte de religiosos que consideraram o ato um afrontamento à religião. Na entrevista concedida a agência de notícias Reuters, Beleboni revelou: “Eu vejo a parada como um protesto, não como uma festa. (...) Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS, mas com isso ninguém se choca". Antes de dizer o que penso sobre esse assunto aos meus caros leitores, quero compartilhar o texto que um amigo querido e grande ativista postou em seu perfil no Facebook: Eu já vi heterossexuais (cristãos e não-cristãos) dizendo que o protesto d@ transexual crucificad@ foi "desnecessário" e que teve uma infeliz repercussão negativa, que não cabia num evento que prega a tolerância

Estupro e negligência social

Como mulher e feminista, me sinto na obrigação expor a minha opinião sobre declarações feitas por Alexandre Frota no programa "Agora é Tarde", apresentado por Rafinha Bastos. No programa exibido em maio de 2014 (e reprisado na última quinta-feira), Frota fala de um suposto estupro. Infelizmente temos que adotar a palavra "suposto" porque, embora ele tenha narrado o fato com se fosse uma confissão, ele desmentiu toda a história afirmando ser apenas uma piada. Sendo assim, "por insuficiência de provas e contradição nos depoimentos", podemos apenas considerá-lo suspeito e "agressor em potencial". A vontade de escrever sobre o assunto foi crescendo dentro de mim nos últimos dias, tanto que estou perdendo uma noite de sono para publicar esse texto. Primeiramente, preciso dizer uma coisa as minhas leitoras e aos "feministas voluntários" (para adotar a expessão cunhada pela atual  Embaixadora da Boa Vontade da ONU, Emma Watson): eu aprendi