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Mostrando postagens de 2011

Curtas: assistindo e divulgando

Para quem é apaixonado por curtas, gosta de assistir ou trabalha na área, segue a lista dos melhores sites com exibições de curtas e informações sobre os festivais. Obs.: Clique no nome do site para acessar a página. Café e TV Usando as próprias palavras dos seus criadores: "Assista vídeos de animações curta-metragem premiadas do Brasil e do Mundo". É isso! É a mais pura verdade! Kinoforum Esse é um site para que não perde uma mostra de cinema. É útil tanto para quem gosta de assistir aos filmes como para quem costuma participar dos concursos. Neste site você se mantém informado sobre os festivais do mundo inteiro e ainda pode consultar a programação e exportar para pdf. Demais! Festival do Minuto Este site é um verdadeiro baú de curtas-metragem. Aqui você assiste a milhares de curtas de até um minuto de duração. Você pode se cadastrar e publicar o seu vídeo ou votar nos que você mais gosta. Os mais votados são premiados, são várias premiações ao longo

Todas as religiões são seitas?

Parte 1 - Os profetas A mídia faz constantes denúncias de "seitas" que comentem crimes contra seus adeptos. O problema não está em denunciar. Se cometem crime, devemos noticiar para que o caso chegue à justiça. A questão é que a pauta da reportagem investigativa é desmascarar a "seita" especulando que seja demoníaca. A descoberta de um crime é incidental nesses casos, se é que posso falar assim. Isso me lembra muito aquele ditado: "a ocasião faz o ladrão". Deveria me lembrar aquele outro: "quem procura acha", mas como eles procuram uma coisa e acham outra completamente diferente, dizer isso seria um tanto ambíguo demais. Eu diria que a ocasião faz o ladrão porque o palco é montado para um espetáculo que é surpresa para os próprios organizadores. Vamos tratar do assunto com um pouco mais de seriedade:  Toda religião monoteísta pode ter sido interpretada como “seita” por seus contemporâneos. A palavra seita ainda não era usada no mom

O movimento cíclico de "A caixa"

Os personagens Arthur Lewis (James Marsden) e Norma Lewis (Cameron Diaz) O filme "A caixa" ( The Box , 2009, EUA), interpretado por Cameron dias num papel bem diferenciado do restante de sua carreira no cinema, é um verdadeiro quebra-cabeças. O longa é uma refilmagem do curta-metragem “Buton, Buton” feito em 1986 para a série de TV "Além da Imaginação”. Podemos interpretar a história como um círculo vicioso. Os protagonistas aceitam apertar o botão sem dimensionar que, em troca, alguém tem que ser sacrificado. Eles não acreditam que isso seja verdade até que realmente se dão conta de que aconteceu. E, como castigo, o mesmo que foi feito a outro que apertou o botão acontece a eles: a mulher é sacrificada porque alguém apertou novamente o botão. Mas, isso é quase uma coincidência, porque o momento em que o casal decide sacrificar a esposa pelo bem do filho é simultâneo ao momento que outro casal aperta o botão. Ou seja, existiam duas razões para a mulher ser sacrif

A Belle Époque dos artistas

Os artistas da Belle Époque não tinham um estilo único. Alguns pintavam sobre a morte, a fome, a miséria e a dor. Outros, sobre a vida, o belo e a forma. Podemos dizer que a própria arte revela uma época cheia de contradições e diferenças no âmbito econômico, político e social. Diferenças que provoca em cada autor uma necessidade de expressão diferente. Cada artista dá enfoque àquilo que para si apresentava-se como um referencial duma época ou mesmo de uma sociedade. Muitos desses artistas pertenciam à alta classe burguesa, porém contestavam a própria classe social através de suas obras. Isso explica o porquê de muitos quadros só serem publicadas após a morte de seus autores. Os impressionistas, por exemplo, não eram bem vistos pelos apreciadores de arte. O desprezo dado a eles está relacionado à ausência da forma em seus quadros. Uma sociedade burguesa precisava da forma como símbolo de ordem e civilização. O belo está ligado à forma. O "feio" e/ou disforme ao primitivo e d

O novo superman

Quando Jerry Siegel e Joe Shuster escreveram a HQ (História em Quadrinhos) “Superman” para a editora DC Comics não imaginavam que seria tanto sucesso, menos ainda, que a “estória” do homem de aço do planeta Krypton ganharia cinco adaptações para o cinema, todas feita pelos estúdios da Warner Bros. Dezenove anos depois de sua última adaptação, – Superman IV - Em busca da paz (Superman IV – The Quest for Peace, EUA, 1987) – Superman retorna às telas do cinema na pele de Brandon Routh, o “Christopher Reeve da nova geração”. Superman – O Retorno (Superman Returns, EUA, 2006), tenta refazer a série que marcou o cinema na década de oitenta com os mesmos efeitos que eram surpreendentes para a época e que aos jovens de hoje podem parecer ultrapassados. O filme conta com a direção de Bryan Singer, experiente em direção de filmes baseados em estórias de super-heróis dos quadrinhos, X-men (2000) e X-men 2 (2003) e com o veterano Kevin Spacey interpretando o vilão Lex Luthor.           Após o

O Encanto na Narrativa Cinematográfica

Deleuze diz em As Potências do Falso que Jean Rouch “substitui suas ficções pelas fabulações do outro”. O mesmo serve para falar de Luiz Villaça em relação ao estilo que ele adota em O Contador de Histórias. O filme poderia ter uma linguagem dramática que coloca a violência e a pobreza como problemas sociais insolúveis. Mas Villaça prefere construir uma narrativa que mostra as peripécias de um menino de treze anos recheadas de fantasias que se misturam com a realidade. Ver o mundo como uma história fabulosa era quase um tranquilizante para Roberto Carlos Ramos, hoje um dos maiores contadores de história do mundo. E para contar a vida deste que encanta pela palavra e por seu dom para contar história, Luiz Villaça optou por mergulhar neste universo mágico. O filme faz uso de figuras de linguagem semelhantes às dos mitos, fábulas e contos infantis. É tudo tão mágico que se fecharmos os olhos ao ouvirmos o próprio Roberto narrar “comida de primeira, professores edificantes e quartos e

Verdades e mentiras no cinedocumentário: análise do filme Juízo, de Maria Augusta Ramos e Wilsinho Galiléia, de João Batista Andrade

Será tudo verdade? João Batista de Andrade em  Wilsinho Galiléia  cria uma nova linguagem para o cinema numa época em que não havia espaço para a criação. Num período que a censura ditava quem podia fazer e como deveriam ser feitos os filmes. O cinema reafirma o seu sentido de arte e entretenimento. Pois, o filme de João Batista tem caráter artístico e foi desenvolvido para um programa feito para as massas. Os cineastas que começaram no Globo Repórter dos anos 70 encontraram no próprio conceito de cinema uma maneira de ligar a arte a comunicação e a informação.     Já Maria Augusta Ramos em  Juízo  encontra uma nova linguagem para cinema num momento em que a banalização da violência tomou conta do cinema. Augusta se distancia da “arte da violência” para discutir a violência através de um “documento-ficcional” onde verdades e supostas verdades são imagens que se misturam. Para explicar a precariedade do sistema judiciário brasileiro Augusta reafirma o trocadilho com o dito po

Metrópole Perdida

Janeiro de 2014, nós estamos em uma cidade onde os turistas ricos não vêem os nativos pobres. Os meios de transporte separam as duas classes sociais e a natureza reforça a divisão. O trem bala por dar mais conforto custa mais caro que o trem comum, a fim de economizar as passagens paga pelos donos do poder, os pobres optam pelo uso do bilhete único nos ônibus caindo aos pedaços. Nos dias de chuva, os turistas transitam pelos teleféricos enquanto a população carente circula pela cidade tentando atravessar as ruas completamente alagadas. Semanalmente morrem pessoas contaminadas pela amebíase, cólera, febre amarela, hepatite A, malária, poliomielite, salmonelose, teníase, leptospirose, entre outras doenças. O governo exige que a população também usufrua dos transportes “aéreos”, mas os teleféricos não são uma boa alternativa para a população porque não transporta o trabalhador da casa para o trabalho, apenas move turistas de um morro a outro. O metrô cada vez mais acessível a hab

My Humps nunca mais!!!

Black Eyed Peas diz que My Humps não tem conteúdo. Mas, qual música do grupo tem uma letra com algum sentido crítico? Não tem conteúdo mesmo!!! A melhor parte do grupo é a sua equipe de produção. Eu não entendo como no mundo pop as pessoas tomam para si feito dos outros. Tipo, quem faz os clipes é uma equipe antenada ligada em cinema e videografismo, quem faz as coreografias é um dançarino (a), quem compõem as músicas, depois do primeiro CD, é um cara pago para isso e quem faz as mixagens é um disc jockey que lida com informática. O que sobra para os "músicos"? Voz? Achei que os playbacks dos shows revelassem que eles não sabem cantar. É para ouvir é abstrair a ideia de conteúdo, de originalidade, de identidade. É só para curtir. Li uma matéria sobre assunto no site Papel Pop em que o autor é bem sarcástico. Ele diz assim: "O cara ainda completou falando que músicas que valem a pena serem cantadas e que eles mesmos consideram como sendo sensacionais são algo t

Duas mulheres e um tucano: os desdobramentos da possível posse de Dilma Rousseff ou de Marina Silva

Eleições presidenciais. O cidadão que está diante da tela da urna eletrônica deve escolher: Dilma Rousseff, José Serra ou Marina Silva. Difícil. Para facilitar, ele reduz os candidatos a dois: homem ou mulher, quem será o meu presidente? É... Parece uma crônica de ficção, mas é a pura realidade. No dia 03 de outubro, milhões de brasileiros votarão em presidente, governador, senador e deputado federal. E o representante da República federativa do Brasil poderá ser um homem ou uma mulher, uma conotação mítica permite dizer: a primeira mulher. E as candidatas não são Evas, Pandoras ou Liliths, mas Marina Silva, ex-senadora eleita pelo PT, candidata pelo PV, e Dilma Roussef, ex-ministra da Casa Civil, candidata pelo PT. As candidatas têm a preferência das mulheres, o que desfavorece o candidato tucano, embora as pesquisas de Ibope apontem um empate entre Serra e Dilma. “Sem dúvida, na medida em que a população feminina, quantitativa e qualitativamente, iguala-se a masculina

Manhattan Connection x Domingo Espetacular

No dia 17 de abril, o  Domingo Espetacular   da Record quis dar uma alfinetada  Manhattan Connection  da Globo News. O programa mostrou trechos da edição do dia 3 de abril do  Manhattan Connection   em que o jornalista Caio Blinder ofendeu mulheres ligadas a cúpula dos países árabes. Ele afirmou que "politicamente, ela [Rania da Jordânia] e as outras piranhas são intragáveis. Todas elas têm uma fachada de modernização desses regimes - ou seja, não querem parecer que são realeza parasita e nem mulher muçulmana submissa. Isso é para vender para o Ocidente, enquanto os maridos estão lá, batendo e roubando". Assista o vídeo a seguir: Eu duvido muito que a intenção era falar do preconceito étnico-religioso do jornalista. Pois, as falhas da Globo são um prato cheio para a concorrência, isso sem falar na briga religiosa entre as duas. Se tinha algo relacionado a religião, era a defesa da visão protestante Rede Record em ataque a corrente judaica do programa