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Mostrando postagens de 2012

Caderno Especial de 40 anos do Woodstock

Aqui vai mais um item do meu "Baú de notícias" (batizei com esta expressão esse meu movimento nostálgico de postar trabalhos antigos da faculdade). Em 2009, resolvi fazer um caderno especial em homenagem ao evento mais importante na história do movimento contracultura: o woodstock. Precisava escrever sobre uma efeméride e naquele ano houve várias: cem anos de nascimento do Charles Chaplin, cem anos de nascimento de Dom Helder Camara, cem anos de morte de Euclides da Cunha e quarenta anos de realização do Woodstock, dentre outras comemorações. Como as outras eram sobre a vida de grandes personagens da história, em vez de optar por um caderno biográfico, preferi fazer uma publicação "histórica". Quer dizer, sobre um momento histórico.          A capa da revista passou por uma transformação drástica, para a sorte dos meus leitores que foram poupados de ver algo horrível. Como posso ter feito algo tão feio? Nem eu sei. Mais para frente, eu fa

Comunicação & Religião

Fiquei surpresa quando vi os evangélicos da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) dançando o passinho com o Tonzão, ex-dançarino dos Havaianos. Eu os vi pela primeira vez na Rua Uruguaiana, no centro do Rio, duas semanas atrás e hoje (05/08), pela segunda vez, no programa da Eliana, no SBT. Os caras do "Passinho do Abençoado" são ex-traficantes “transformados”. É aquilo, né? Os caras poderiam estar matando, estar roubando, mas estão ali dançando! E muito bem por sinal. É visível a estratégia de marketing do pastor Marcos por trás de tudo isso. Ele busca atrair novos fiéis fazendo um discurso bastante persuasivo. Quase todas as religiões querem obter o maior número de adeptos. Romper com as fronteiras territoriais foi uma das principais ações. Não só através da conquista de novos territórios sob o discurso da missão religiosa catequizante, mas também pela formação de diásporas, como as africanas e as judaicas. Lembrando que  o turismo foi impulsionado pela religião.

Dia dos namorados

Por que o dia dos namorados é comemorado no dia 12 de junho, no Brasil, e em outros países é comemorado no dia 14 de fevereiro? Se você sabe a resposta, então você é um eterno apaixonado. Vamos lá... Dia 14 de fevereiro é dia de São Valentim e dia 12 de junho é a véspera do dia de Santo Antônio. A crença que Santo Antônio é o "santo casamenteiro" é tão folclórica quanto a de que São Gonçalo é o "casamenteiro" das mulheres mais velhas. Quanto a São Valentim... É tudo verdade!      Historicamente, sabemos que o bispo Valentim celebrou vários casamento escondidos, contrariando as ordens do imperador Cláudio II que pretendia formar um grande exército. O imperador acreditava que para ter um exército indestrutível os soldados não deveriam se casar, pois soldados solteiros eram melhores combatentes. Atualmente, proíbe-se o encontro entre jogadores de futebol e suas esposas ou namoradas durante os treinos para mantê-los concentrados. Se todo mundo lesse um pouco de histó

Grandes sátiras da vida acadêmica

Já que literatura é arte e eu amo as artes, tenho que apresentar, aos que não conhecem, dois textos bastante difundidos na rede. Eu os considero minhas obras literárias favoritas dos últimos anos da adolescência. Aviso a todos que embora sejam textos conhecidos na internet, não são as obras mais cultuadas no meio acadêmico, apesar de os autores se referirem  às  universidades. No começo da minha adolescência, enquanto meus colegas liam Harry Potter, eu apreciava a literatura estrangeira (Agatha Christie, Edgar Allan Poe, Italo Calvino...). Meu primeiro livro de literatura infanto-juvenil foi "Guerra dos Botões", de  Louis Pergaud. Nossa... até hoje lembro da emoção de ter lido este livro aos 13 anos de idade. Até então, só tinha lido obras infantis. Passei as obras literárias brasileiras já no início da vida adulta.           Os dois textos a seguir, eu gosto pela brincadeira boa que fazem com as palavras. Eu adoro paródias, metáforas, ironias, trocadilho ou qualquer outro

Maria do Bairro outra vez?

O SBT não ganha dinheiro fazendo televisão. Eles ganham dinheiro com o Baú da Felicidade... com o Caçula... com a Telesena... menos com televisão! A TV é aonde o Silvio Santos torra o dinheiro. Também pudera... Ninguém imaginou que ele doaria publicamente para o Criança Esperança ou para o Instituto Ressoar. Até porque ele tem o Teleton. Imagina... nada contra a concorrência, aliás, faz tempo que Silvio Santos não se importa com ela. Lembro de escrever no Facebook há pouco mais de um ano que o Silvio  Santos era o manda-chuva mais relax do Brasil. E é mesmo. Tanto é assim que Maria do Bairro está reprisando pela quinta vez! Embora o SBT tenha feito acordos milionários com a Disney e com a Televisa para exibição de novelas e seriados, todo mundo sabe que o que sustenta qualquer veículo de comunicação é a publicidade. Mas é aí que mora a ironia: boa parte dos comerciais da rede é de produtos do Grupo Silvio Santos. Ou seja: o canal 11 é auto-sustentável, pois a quantia quase nula

Prazer em rever-me!

Estava com saudades de mim! Deixei de ser eu por um longo tempo. Voltei a mim. Feliz da vida! Agora posso caminhar. Durante três anos me abandonei, mas reencontrei-me em minhas memórias, nos meus amigos... Quanto de mim se perdeu: meus valores, meus príncipios, minhas ideologias, tudo para tentar caber na forma. Eu não nasci para caber na forma! Saber disso me deixa muito feliz. Vejo que sou um ser complexo. Como posso comportar tantos elementos? O mundo aponta para a convergência, para cultura híbrida, para o transdisciplinar... E todo o meu ser está conectado, mas de outra forma. Eu dialogo com meus passados, que podem ser separados. Levo uma vida épica, que pode ser montada e desmontada, como um quebra-cabeça. A ligação entre uma história e outra, entre um caminho e outro, só eu posso fazer. Eu sou a relação entre as coisas. Se os outros não entendem, é porque eles não são eu. Só eu me compreendo infinitamente. Os outros entendem as partes, e só.

O consumo da vida

O filme "O preço do amanhã" (In time, EUA, 2011) é um tipo de obra cujo mesmo motivo que faz você amar, faz você odiar o filme. Não entendeu? Vou explicar. O filme faz referências a famosos personagens da história do cinema e da literatura, além de possuir uma série de mensagens subliminares. É um apanhado de metáforas, paródias, ironia, pastiche, “remake” e o que mais for possível. Continua sem entender? Então, se já assistiu, reveja com outros olhos. Se não assistiu, veja e apaixone-se pela metalinguagem cinematográfica. Neste longa, a expressão “tempo é dinheiro” é imediatamente substituída pela mensagem explícita (nesse caso a mensagem é bem clara): “tempo é vida”. Mas, a primeira não se desconecta da segunda. A mudança é gradual e exige certa relação entre os termos. Pois, a vida se passa num dado intervalo de tempo. Logo, vivemos através do tempo. Então, se tempo é dinheiro, dinheiro é vida. Logo, tempo é vida. Na verdade, não há uma substituição, há uma metáfor